As agências das Nações Unidas voltam a alertar: a fome é um problema cada vez mais grave para a parte da população de Gaza. A Assembleia Geral da ONU quer um novo pedido de cessar-fogo. Israel diz ter o apoio dos Estados Unidos para continuar a ofensiva.
Apesar dos pedidos constantes de cessar-fogo pelo organismo liderado por António Guterres, a ofensiva israelita prossegue de norte a sul do enclave. Esta terça-feira, Rafah junto à fronteira com o Egito, uma das zonas onde se concentra parte substancial da população deslocada, foi alvo de bombardeamentos.
85 por cento dos habitantes da Faixa de Gaza foram obrigados a deixar as casas. Segundo as Nações Unidas, um quinto das casas de Gaza estão destruídas devido ao conflito armado.
O presidente norte-americano, Joe Biden, avisou Netanyahu de que tem de fazer mudanças no Governo, sobretudo na linha mais dura. Apesar das pressões internas e também internacionais, Washington continua a apoiar a ofensiva militar israelita, que tenta resgatar reféns e eliminar os comandos do Hamas.
Estima-se que este conflito já provocou a morte a 18 mil pessoas, fora os que permanecem debaixo dos escombros, 50 mil pessoas ficaram feridas.
Várias agências da ONU alertam para a rutura da ajuda internacional no território e dizem que parte da população já não come de forma regular há vários dias.
O ministro dos Negócios Estrangeiros da autoridade palestiniana acusou Israel de usar a fome como arma de guerra e a comunidade internacional de indiferença.
Depois do veto dos Estados Unidos no Conselho de Segurança, as Nações Unidas voltam a levar o pedido de um cessar-fogo humanitário imediato em Gaza, desta vez à Assembleia Geral. Nenhum dos 193 países tem poder de veto num voto que não é vinculativo, mas contém significado político quanto o apoio internacional para a continuação da ofensiva militar de Israel em Gaza.