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Putin estende eleições às regiões anexadas (simbolicamente quer ser eleito também pelos ucranianos)

Os ucranianos que vivem nos territórios anexados poderão votar no próximo presidente da Rússia, tendo em conta que as urnas vão estar em várias partes de Donetsk, Luhansk, Zaporizhzhia e Kherson.

Pedro Miguel Costa

Os ucranianos poderão escolher quem querem como o próximo presidente em Moscovo. Vladimir Putin, que há de ser em março candidato presidencial pela 5.ª vez nos últimos 24 anos, garante que a Ucrânia não tem futuro na guerra numa altura em que muitos ucranianos preferem fugir dos territórios anexados pelos russos.

“O exército atua na Ucrânia de forma cada vez mais competente. Isso é evidente. A indústria militar está a ganhar força. Intensificámos bastante a nossa produção. Seu que ainda não temos tudo, mas eles estão no limite. Não têm alicerces. Quando não se tem uma base própria, uma ideologia, uma indústria, dinheiro… Eles não têm nada, não têm futuro. Mas nós temos”, afirmou Vladimir Putin.

Ainda assim, são milhares os que vão fugindo das zonas ocupadas pelos russos, várias vezes com grande dificuldade. Quase sempre viveram em localidades que agora estão em ruínas, conquistadas à força por Moscovo.

“Também perdi tudo, porque sou de Bakhmut. E sei o que se sente quando se perde a casa, a vida, o estatuto, quando se fica sem nada”, defende a diretora de um abrigo, Kateryna Arisoi.

A Ucrânia prepara-se para viver o segundo Natal em guerra, resistindo como pode às investidas russas.

Esta segunda-feira 8 misseis foram intercetados a caminho de Kyev, tendo pelo menos um caído nos arredores da cidade sem registo de vítimas mortais.

Na Rússia ninguém sabe onde está Alexei Navalny, o mais conhecido opositor ao regime de Putin, que foi levado da prisão onde se encontrava para destino incerto.

Entre o seu circulo mais próximo de apoiantes, receiam ter sido transferido para uma cadeia com piores condições, depois de condenado em agosto a mais 19 anos de prisão.

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