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Azerbaijão recebe próxima Cimeira do Clima em 2024

Questionado pela SIC, no Dubai, o ministro do Ambiente português, Duarte Cordeiro, comentou a escolha da cimeira da COP ser sediada no Azerbaijão, um pais com petróleo e que viola os direitos humanos.

SIC Notícias

O Azerbaijão, grande produtor de petróleo, será o anfitrião da 29.ª conferência das Nações Unidas sobre alterações climáticas (COP29) em 2024, anunciou oficialmente a presidência da COP28, que decorre no Dubai.

"A presidência da COP28 felicita o Azerbaijão por ter sido escolhido para acolher a COP29 no próximo ano. Esperamos trabalhar em conjunto para fazer avançar ainda mais a ação climática, garantindo que mantemos 1,5°C ao nosso alcance e não deixamos ninguém para trás", afirmou a presidência da COP28, a cargo dos Emirados Árabes Unidos.

O ministro da Ecologia e dos Recursos Naturais do Azerbaijão, Mukhtar Babayev, anunciou no sábado que "existe consenso" para que o Azerbaijão acolha a COP29, depois de a rival Arménia ter retirado a candidatura. Com esta escolha, a cimeira da ONU sobre o clima será realizada pelo terceiro ano consecutivo num país que produz petróleo ou gás.

O petróleo e o gás, em conjunto com o carvão, são das principais causas do aquecimento global. As cimeiras do clima destinam-se a lutar contra o aquecimento global, e impedir que as temperaturas subam além de 2°C, ou de preferência não ultrapassem os 1,5°C em relação à época pré-industrial.

Ministro do Ambiente comenta decisão

Questionado pela SIC, no Dubai, onde está a acompanhar as negociações finais, Duarte Cordeiro comentou a escolha em favor do Azerbaijão, um pais de petróleo e que viola os direitos humanos.

O ministro do Ambiente diz que se trata de um critério regional e que Portugal não deixará de defender as suas posições.

“Houve uma necessidade de alterar a localização e, portanto, temos que ter em consideração que o que preside a escolha dos locais, em primeiro lugar, é o critério regional. Em segundo lugar, a procura de consenso. Portugal, em qualquer localização, de qualquer organização, para qualquer que seja o seu destino, nunca, em circunstância alguma, confunde o facto de se escolher uma localização com aquilo que é a nossa posição relativa à defesa intransigente dos direitos humanos”.

Com LUSA

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