A divulgação do documento final da COP28, onde são determinadas as metas para o clima, está prevista para dia 12 de dezembro. Esta segunda-feira, foram discutidos os apoios financeiros para os países mais vulneráveis às alterações climáticas.
Após um fim de semana com agenda cheia, os líderes mundiais deixaram o Dubai. A partir de agora, a cimeira do clima da ONU será marcada por reuniões técnicas e de diplomacia.
Esta segunda-feira, ativistas de várias partes do mundo partilharam, durante as conferências, os impactos devastadores das alterações climáticas. Dizem que os fundos devem priorizar os países mais vulneráveis. Cerca de 3,5 mil milhões de pessoas – quase metade da população global – vivem em zonas altamente vulneráveis às alterações climáticas.
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, diz que os compromissos assumidos na COP28 são insuficientes. Afirma que a carta de descarbonização do petróleo e do gás, assinada no Dubai, não aborda o consumo de combustíveis fósseis. 50 empresas responsáveis por mais de 40% da produção de petróleo mundial garantiram que vão reduzir emissões.
O Brasil poderá fazer parte de um grupo que se compromete a reduzir a produção de petróleo. Um dia depois de ser divulgado um áudio no qual diz que a ciência não comprova a eficácia da redução de combustíveis fósseis, o presidente da COP28 disse que a mensagem está a ser mal interpretada.
O antigo vice-presidente dos Estados Unidos, Al Gore, criticou a nomeação do anfitrião da COP 28. Al Jaber, de 50 anos, é líder de uma das maiores empresas petrolíferas do mundo – a companhia nacional de petróleo de Abu Dhabi.