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Em sete dias de trégua já foram libertados cerca de uma centena de reféns

Restam agora à volta de 150 entre os quais há uma maior concentração de israelitas e também militares, o que pode obrigar a outro tipo de negociações.

Miguel Franco de Andrade

No dia em que o secretário de Estado norte-americano voltou ao Médio Oriente, o Hamas reivindicou a autoria de um tiroteio esta quinta-feira em Jerusalém. Duas reféns israelitas, uma delas com dupla nacionalidade francesa, foram entregues durante a tarde à Cruz Vermelha.

O procedimento é fora do normal: a entrega pelo Hamas à Cruz Vermelha de duas reféns israelitas, uma delas com nacionalidade francesa em plena Cidade de Gaza, no norte do território, e não na parte mais a sul junto à fronteira com o Egito.

Trata-se de Amit Soussana, 40 anos, israelita, e Mia Schem, de 21, com nacionalidade francesa que já tinha aparecido num vídeo divulgado há algumas semanas pelo Hamas.

Em sete dias de trégua foram já libertados cerca de uma centena de reféns, sobretudo mulheres crianças e cidadãos estrangeiros. Restam agora à volta de 150 entre os quais há uma maior concentração de israelitas e também militares, o que pode obrigar a outro tipo de negociações, que decorrem mais uma vez perto do fim do prazo mediadas pelo Egito, Qatar e Estados Unidos.

Ensombradas pelo ataque já reivindicado pelos Hamas, dois atiradores abriram fogo junto a uma paragem de autocarro em Jerusalém. Três pessoas morreram, e 16 ficaram feridas. Os dois atacantes foram entretanto abatidos pela policia.

Para a semana, Netanyahu vai voltar ao banco dos réus por suspeita de fraude e corrupção, depois de ter anunciado o regresso ao expediente normal dos tribunais em Israel.

A novidade coincide com a terceira visita de Antony Blinken desde que começou o conflito, que se encontrou com o presidente da autoridade palestiniana em Ramallah, depois de ter estado em Israel, com governo, líder da oposição e presidente israelita.

Em Gaza, mais de dois milhões pessoas aguardam num limbo e num território devastado por saber se o conflito continuará no dia seguinte. Com cerca de 15 mil mortos contabilizados pelas autoridades locais do Hamas e confirmadas pelas Nações Unidas, teme-se que outras seis mil estejam enterradas debaixo dos escombros

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