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Israel retira embaixador de Espanha após declarações de Sánchez

O primeiro-ministro espanhol tem estado a “desafiar” as relações diplomáticas com Israel já há alguns dias, com a vontade de reconhecer o Estado da Palestina após a guerra.

Amr Nabil/AP

Maria Madalena Freire

Lusa

Israel retira o seu embaixador Rodica Radian-Gordon de Espanha, após declarações de Pedro Sánchez sobre o conflito na Faixa de Gaza.

As tensões entre Israel e Espanha já estavam a aumentar há alguns dias, mas hoje a bolha rebentou para Israel.

Primeiro, o Governo de Israel ainda chamou esta quinta-feira a embaixadora de Espanha em Telavive para lhe transmitir "uma advertência", pela segunda vez numa semana, por causa de declarações do primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, sobre a guerra na Faixa de Gaza.

Segundo o mesmo comunicado, foi o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, quem ordenou a convocatória da embaixadora.

Numa entrevista à televisão pública espanhola (TVE), Pedro Sánchez disse ter "francas dúvidas" de que Israel esteja a respeitar o Direito Internacional na ofensiva militar na Faixa de Gaza com que está a responder ao ataque de 7 de outubro do grupo islamita Hamas, que controla este território palestiniano.

Segundo noticia o El País, Israel decidiu chamar o seu embaixador em Madrid, Rodica Radian-Gordon, para Jerusálem, o que significa que irá deixar a sua representação diplomática no país ibérico.

Anteriormente, o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, admitiu a possibilidade de Espanha reconhecer o Estado palestiniano unilateralmente, à margem da União Europeia (UE) e de outros Estados-membros do bloco comunitário.

Sánchez considerou que "chegou o momento" de a comunidade internacional e a UE reconhecerem o Estado palestiniano e afirmou que vários países europeus defendem o mesmo.

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