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Conflito em Israel: libertação de reféns torna "cada vez mais difícil" prolongar o cessar-fogo

O comentador Germano Almeida analisa os avanços na guerra entre Israel e o Hamas e as dificuldades que os dois lados do conflito irão ter em voltar a negociar acordos de cessar-fogo.

Germano Almeida

SIC Notícias

O cessar-fogo entre Israel e o Hamas foi prolongado por mais um dia. No entanto, esta quinta-feira, ocorreu um ataque numa paragem de autocarro em Jerusalém, no qual morreram pelo menos cinco pessoas (duas delas os alegados autores do ataque). Para Germano Almeida, as dificuldades no acordo de cessar-fogo mostram que será “cada vez mais difícil essas extensões”.

O facto de à última ter sido mais um dia e nas últimas horas ter havido um risco sério do cessar-fogo não ser prolongado, mostra que, a partir de agora, vai ser cada vez mais difícil essas extensões. Isso tem a ver naturalmente com o facto de já terem sido libertados vários reféns”, explica o comentador da SIC na Edição da Manhã da SIC Notícias.

Germano Almeida lembra também as mulheres, crianças e idosos reféns já foram libertados, o que torna “cada vez mais difícil que haja aceitação por parte do Hamas de que homens sejam libertados”. Por outro lado, também haverá essa dificuldade “por parte de Israel” que não quererá “que presos palestinianos, homens, soldados e eventualmente com crimes de sangue sejam libertados”.

O comentador destaca ainda a “intervenção americana” na negociação de tréguas, que continua a “comprometer e envolver Israel na solução”.

Este acordo, além da libertação dos reféns, criou melhores condições no terreno para pelo menos a ajuda humanitária”, afirma Germano Almeida.

Sobre o ataque que ocorreu na manhã desta quinta-feira, Germano avança que “há pelo menos cinco mortos confirmados” - dos quais, dois serão os alegados atacantes - e que os “serviços de informação internos israelitas acusam o Hamas” de ter sido autor do atentado. No entanto, sublinha que “é muito cedo” para perceber o que se passou.

Sabemos que a situação nunca deixou de ser bastante tensa e, portanto, este tipo de incidentes, infelizmente, é relativamente comum em Jerusalém e noutros pontos de Israel, sobretudo desde 7 Outubro [data do ataque surpresa do Hamas em território israelita].

Germano Almeida lembra que mesmo durante as “tréguas em Gaza”, têm ocorrido ataques por parte de Israel em território da Cisjordânia.

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