No último dia de cessar-fogo entre Israel e o Hamas - e quando já se discute uma extensão das tréguas -, o correspondente da SIC conta o ato heroico que a refém luso-israelita, libertada na sexta-feira, teve perante o grupo islâmico do Hamas.
Henrique Cymerman, diz que o Ministério da Saúde de Israel expôs a atitude que Adina Moshe teve com outra senhora.
“No momento em que o Hamas tira os reféns dos túneis, todos estavam convencidos que iam ser executados, mas quando viram a Cruz Vermelha perceberam que iam ser libertados. E então, a Adina dirigiu-se a um membro do Hamas e disse: ‘Quero ficar em casa e quero que leve outra senhora, que está muito doente, está numa situação difícil e precisa de ir a um hospital’, pediu”, contou o Cymerman.
O pedido não foi aceite, de acordo com o jornalista da SIC, e Adina foi libertada, na sexta-feira, com “sentimentos contraditórios”. Contudo, no domingo a idosa, com quem a luso-israelita queria trocar de lugar, foi levada para um hospital no centro de Israel.
“Tem 85 anos, está num estado muito grave, mas esta é uma história de autêntico heroísmo por parte de Adina”, vinca o correspondente da SIC.
Neste momento, há um impasse na libertação de 11 reféns israelitas. Em cima da mesa está a quebra de um dos pontos do acordo e as autoridades israelitas já pediram ao Qatar e ao Egito, que assumiram o papel de mediadores, que intercedam para resolver esta questão.