Germano Almeida, comentador SIC, analisa os últimos desenvolvimentos da guerra entre Israel e Hamas, com avanços das forças militares israelitas e tentativa de cessar-fogo por parte do grupo terrorista palestiniano.
As declarações do ministro da Defesa de Israel, em que diz que a guerra entra numa nova fase, significa que haverá uma expansão segundo o jornalista Germano Almeida.
“Uma expansão das operações israelitas, que estão muito situadas neste momento a Norte. Claramente, o IDF também quer mostrar que não se vai cingir à cidade de Gaza, mas que que estarão lá certamente operações”, explica.
Mas Germano Almeida relembra que, até agora, um terço das mortes palestiniana em Gaza, desde a invasão a Israel por parte do Hamas, foram a sul. Para o jornalista isto explica que o Hamas não está apenas instalado a Norte e que “o objetivo de eliminar militarmente o Hamas não se cinge àquela zona, embora o essencial seja ali”.
Para além disso, o número de vítimas continua a aumentar e não existem previsões para que abrande.
“O tempo a passar e o número de baixas aumentar, é algo não defensável por parte de Israel, que justifique a continuação desses ataques. As provas são são muito evidentes e eu destacava, sobretudo nos últimos 23 dias, uma certa demarcação norte-americana em relação a isso e também em relação à deslocação forçada”, aponta o comentador SIC.
Evidência da demarcação norte-americana, para Germano Almeida, é o não apoio da insistência israelita em atacar o hospital Al-Shifa, mesmo sabendo que estão lá combatentes do Hamas.
Mas não deixa de ajudar a causa israelita, tendo em conta que as tropas de Israel mostraram que encontraram uma refém israelita morta naquela zona e, esta sexta-feira, recuperaram o corpo de Noa Marciano de 19 anos.
“Os israelitas já tinham dado Noa como morta, também nessa zona. Isto mostra que a acusação de que o Hamas colocou os reféns como escudos humanos naquela zona parece ser verdadeira”, sublinha o comentador.