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Crescente Vermelho palestiniano diz que perdeu todos os contactos com Gaza

A organização apelou à comunidade internacional para pressionar as autoridades israelitas no sentido de garantirem "proteção imediata" à população civil, às instalações médicas e às suas equipas de saúde no enclave.

Francisco Seco

SIC Notícias

Lusa

O Crescente Vermelho palestiniano alertou esta sexta-feira que perdeu completamente o contacto com a sala de operações na Faixa de Gaza e todas as suas equipas que aí se encontram, devido a interrupções nas comunicações fixas, de telemóvel e Internet.

"Estamos profundamente preocupados com a capacidade das nossas equipas em continuarem a prestar os seus serviços médicos de emergência, especialmente porque esta interrupção afeta o número central de emergência 101, e dificulta o acesso das ambulâncias aos feridos", afirmou a organização nas redes sociais.

O Crescente Vermelho expressou a sua preocupação com a segurança das equipas de saúde que trabalham na Faixa de Gaza, devido aos "contínuos e intensos ataques aéreos israelitas 24 horas por dia", que demonstram que Israel "continuará a cometer crimes de guerra enquanto isola Gaza do mundo exterior".

A organização apelou à comunidade internacional para pressionar as autoridades israelitas no sentido de garantirem "proteção imediata" à população civil, às instalações médicas e às suas equipas de saúde no enclave.

O alerta do Crescente Vermelho surge no dia em que Israel anunciou que os militares vão ampliar as operações terrestres na Faixa de Gaza, a partir de esta sexta-feira, em paralelo com o bombardeamento do enclave.

"Como continuação da atividade ofensiva que realizamos nos últimos dias, as forças terrestres vão expandir a sua atividade esta tarde", disse o porta-voz do Exército israelita, Daniel Hagari.

A empresa palestina de telecomunicações Paltel confirmou esta sexta-feira o "corte completo" dos serviços de comunicações, telemóvel e internet na Faixa de Gaza, devido aos intensos bombardeamentos ao enclave.

"O corte é devido aos fortes bombardeamentos das últimas horas, que danificaram as linhas internacionais que ligam Gaza e que provocaram que fique fora de serviço", confirmou a companhia em comunicado.

A Paltel, a única operadora que presta serviço no enclave, explicou que o 'apagão' absoluto das telecomunicações se deve à "agressão contínua" israelita e que se vê afetada também pelos danos sofridos nas linhas de telecomunicações pelos ataques de dias anteriores.

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