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"Como é que uma criança de um ano é um terrorista?"

A situação em Gaza piora diariamente. O Governo de Gaza estima que haja quase duas mil pessoas presas no que resta dos edifícios.

João Nuno Assunção

A situação em Gaza está cada vez pior. O combustível fundamental para alimentar geradores está a acabar e nos hospitais não param de chegar vítimas. Dia após dia acumulam-se os casos de filhos que perdem os pais e de pais que perdem os filhos.

À sobrelotação dos hospitais juntam-se a falta de bens essenciais como álcool e até analgésicos. Muitos dos que sobrevivem aos bombardeamentos não resistem a um sistema de saúde à beira do colapso.

Esta quinta-feira mais 12 camiões cruzaram a fronteira de Rafah no sul de Gaza mas a ajuda humanitária continua a não contemplar combustível essencial para alimentar ventiladores, incubadoras e outros equipamentos de suporte básico de vida.

Dos escombros não param de sair vítimas e muitas mais poderão estar por resgatar. O Governo de Gaza estima que haja quase duas mil pessoas presas no que resta dos edifícios.

"Como é que uma criança de um ano é um terrorista? Porque é que uma criança de um ano é um alvo?", questiona um dos sobreviventes dos ataques naquela região.

Controlado pelo Hamas, o ministério da Saúde de Gaza fala já em mais de sete mil mortos. O Governo norte-americano já disse que não confia nos números.

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