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Invasão Brasília: casa do sobrinho de Bolsonaro alvo de buscas da Polícia Federal

Um sobrinho do ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro foi alvo de buscas esta quarta-feira, a propósito de uma nova fase da operação Lesa Pátria, que investiga os atos golpistas praticados a 8 de janeiro.

Andre Borges/LUSA

SIC Notícias

Lusa

A Polícia Federal realizou esta quarta-feira buscas na casa de um sobrinho de Jair Bolsonaro dentro de uma nova fase da operação Lesa Pátria, que investiga atos golpistas e de depredação.

A décima nona fase da Operação Lesa Pátria executou cinco ordens de prisão preventiva e 13 ordens de busca ou busca expedidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em três estados (São Paulo, Rio de Janeiro e Mato Grosso) e na capital Brasília, segundo comunicado da Polícia Federal (PF).

Segundo a Polícia Federal, o objetivo desta nova fase “é identificar as pessoas que incitaram, participaram e promoveram os acontecimentos ocorridos no dia 8 de janeiro”.

A 'media' local informou que um dos mandados de busca cumpridos tinha como alvo Leonardo Rodrigues de Jesus, sobrinho de Bolsonaro que atua no meio político e é conhecido como “Léo Índio”.

“Os factos investigados”, acrescentou a Polícia, "constituem os crimes de abolição violenta do Estado democrático de direito, golpe de Estado, danos agravados, associação para a prática de crime e incitação ao crime". Da mesma forma, acrescenta-se na nota, contemplam os crimes de "destruição e deterioração ou inutilização de bens protegidos e crimes previstos na Lei do Terrorismo".

Apoiantes do ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro invadiram e vandalizaram em 8 de janeiro as sedes do Supremo Tribunal Federal, do Congresso e do Palácio do Planalto, em Brasília, obrigando à intervenção policial para repor a ordem e suscitando a condenação da comunidade internacional.

Desde o dia dos atos antidemocráticos, mais de 1.800 pessoas foram presas e 128 delas permanecem detidas, embora quase todas continuem a responder à justiça em liberdade condicional por diversos crimes.

Até ao momento, vinte pessoas foram condenadas a penas de até 17 anos e uma Comissão Parlamentar Mista de Investigação concluiu que Bolsonaro, os militares e os políticos de sua base participaram dos acontecimentos e solicitaram sua acusação formal.

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