Invasão em Brasília

Invasão em Brasília: Lula da Silva diz que Bolsonaro "estava envolvido até aos dentes"

Apoiantes do ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro invadiram e vandalizaram em 8 janeiro as sedes do Supremo Tribunal Federal (STF), do Congresso e do Palácio do Planalto, em Brasília, obrigando à intervenção policial para repor a ordem.

ANUSHREE FADNAVIS

Lusa

SIC Notícias

O Presidente do Brasil disse, esta segunda-feira, que as declarações do ex-assessor do seu antecessor, tenente-coronel Mauro Cid, provam a existência de uma tentativa de golpe de Estado em janeiro país, considerando que Jair Bolsonaro esteve envolvido.

"Eu não posso dar opinião sobre algo que eu não sei, só o delegado e o coronel que deram os seus depoimentos sabem. O resto é especulação (...) Todos os dias vão aparecendo coisas e todos os dias vai ficar mais claro que havia uma perspetiva de golpe e que o presidente estava envolvido até aos dentes", disse Lula da Silva.

Numa conferência de imprensa em Nova Deli, na Índia, depois de participar numa reunião com líderes do G20, o Presidente brasileiro disse que, apesar de não conhecer todos os detalhes do acordo de colaboração entre Cid e a polícia, considera que o ex-assessor de Bolsonaro está "altamente comprometido", segundo o jornal 'O Globo'.

Cid foi libertado no sábado, depois de ter estado detido desde maio, acusado de falsificar os registos de vacinação contra a covid-19, incluindo os de Bolsonaro e de vários dos seus familiares e colaboradores próximos.

Está também a ser investigado pelo seu papel no caso das joias sauditas, de que se terá apropriado ilegalmente. Durante a operação do caso das vacinas falsas, a Polícia Federal encontrou no telefone de Cid uma série de conversas e mensagens com outros comandantes militares que terão reforçado a teoria de um suposto esquema para manter Bolsonaro no poder apesar de sua derrota eleitoral em outubro de 2022.

Invasão em Brasília aconteceu a 8 de janeiro

Apoiantes do ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro invadiram e vandalizaram em 8 janeiro as sedes do Supremo Tribunal Federal (STF), do Congresso e do Palácio do Planalto, em Brasília, obrigando à intervenção policial para repor a ordem e suscitando a condenação da comunidade internacional.

A Polícia Militar conseguiu recuperar o controlo das sedes dos três poderes, numa operação de que resultaram cerca de 1.500 detidos.

A invasão começou depois de militantes da extrema-direita brasileira apoiantes do anterior presidente, derrotado por Lula da Silva nas eleições de outubro passado, terem convocado um protesto para a Esplanada dos Ministérios.

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