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MNE pede que UE não esqueça Ucrânia: "É preciso impedir que Putin seja vencedor da crise em Gaza"

À entrada para a reunião dos chefes da diplomacia da União Europeia, João Gomes Cravinho disse que é importante que a Europa esteja unida na proteção dos civis de Gaza e na libertação dos reféns do Hamas.

SIC Notícias

Lusa

O ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, diz que a guerra na Ucrânia não pode ser esquecida, para se evitar que Vladimir Putin "seja um vencedor" da crise humanitária na Faixa de Gaza. À entrada para a reunião dos chefes da diplomacia da União Europeia, disse ainda que é importante que a Europa esteja unida na proteção dos civis de Gaza e na libertação dos reféns do Hamas.

"É importante que a UE se mantenha unida em torno do princípio de apoio à ajuda humanitária para a população de Gaza, proteção de inocentes em Gaza e, naturalmente, também a libertação de reféns. Por outro lado, neste Conselho, vamos também falar da Ucrânia porque é fundamental que esta guerra da Rússia contra a Ucrânia não seja esquecida devido aos acontecimentos no Médio Oriente", declarou João Gomes Cravinho.

À chegada à reunião dos chefes da diplomacia da UE, no Luxemburgo, o ministro português da tutela assinalou:

"Há também outras crises, como entre a Arménia e o Azerbaijão, que merecem a nossa atenção, mas sobretudo é preciso impedir que Putin seja um vencedor da crise em Gaza".

Questionado sobre o conflito entre Israel e o grupo islamita do Hamas, o responsável garantiu que a UE vai "fazer tudo o possível para que haja uma minimização do impacto sobre civis".

"É essa a mensagem central que queremos enviar para os israelitas e, depois, as questões de natureza técnica e militar terão de ser tratadas pelos militares", acrescentou.

Já falando sobre os esforços diplomáticos de alguns países, João Gomes Cravinho defendeu ser "fundamental que haja neste momento um diálogo intenso com todos, sobretudo com os países árabes, países da região, e que se utilize esta terrível e trágica crise para criar uma dinâmica de paz, é isso que tem faltado ao longo dos últimos 15 anos".

"De repente, todos acordaram para o facto de haver problemas profundos por resolver na Palestina e na relação com Israel e, portanto, se alguma coisa positiva puder sair daqui, acho que é nosso dever criar condições para a seguir a esta crise imediata se olhe realmente para a solução de dois Estados", adiantou, nas declarações à entrada para a reunião.

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