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Biden procura tranquilizar aliados em relação ao apoio dos EUA à Ucrânia

Sob pressão do Partido Republicano, a Casa Branca estima que serão necessários 22,9 mil milhões de euros para continuar a apoiar o esforço de guerra ucraniano.

Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e Presidente dos EUA, Joe Biden.
Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e Presidente dos EUA, Joe Biden

SIC Notícias

Lusa

O Presidente norte-americano, Joe Biden, procurou esta terça-feira tranquilizar os aliados dos Estados Unidos da América quanto à continuação do apoio norte-americano à Ucrânia, que depende do resultado de discussões orçamentais que estão a ser, no mínimo, caóticas.

Biden realizou uma conferência telefónica para "coordenar a continuação da ajuda à Ucrânia", indicou a Casa Branca num curto comunicado.

Neste encontro participaram o primeiro-ministro canadiano, Justin Trudeau, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, o chanceler alemão, Olaf Scholz, a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, e o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida.

Também o secretário-geral da NATO (Organização do Tratado do Atlântico-Norte, bloco de defesa ocidental), Jens Stoltenberg, o Presidente polaco, Andrzej Duda, o Presidente romeno, Klaus Iohannis, o primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, e a ministra dos Negócios Estrangeiros francesa, Catherine Colonna, participaram na reunião por telefone.

Stoltenberg referiu, na rede social X (antigo Twitter), que tinha sido uma "boa conversa" e acrescentou: "Prometemos apoiar a Ucrânia durante o tempo que for necessário".

Ao mesmo tempo, líder norte-americano mantém a pressão na cena política nacional, tendo escrito na rede social X que o Partido Republicano, que controla a Câmara dos Representantes (câmara baixa do Congresso), deve "manter a sua palavra e garantir a aprovação da ajuda necessária à Ucrânia para que ela possa defender-se".

"Somos a 'nação indispensável', comportemo-nos como tal", escreveu o Democrata de 80 anos, retomando uma terminologia cara à antiga secretária de Estado Madeleine Albright.

O Congresso norte-americano, formado pelo Senado (câmara alta), atualmente com maioria Democrata, e pela Câmara dos Representantes, dispõe de cerca de um mês e meio para adotar um orçamento anual que deverá incluir uma nova e elevada verba para financiar o apoio militar e humanitário à Ucrânia.

Até ao momento, a Casa Branca estima que serão necessários 24 mil milhões de dólares (22,9 mil milhões de euros) para continuar a apoiar o esforço de guerra ucraniano.

De facto, o Estado federal norte-americano deveria ter um novo orçamento desde 1 de outubro, mas tensões muito elevadas dentro da maioria Republicana na Câmara dos Representantes tornaram impossível qualquer votação.

A situação complicou-se ainda mais na segunda-feira, com a apresentação por um congressista da ala mais à direita do Partido Republicano de uma moção destinada a destituir o líder conservador da Câmara, Kevin McCarthy.

O Governo Biden tem-se recusado até agora a dizer exatamente quando se esgotarão os fundos já aprovados pelo Congresso para assistência à Ucrânia.

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