Teve lugar, esta terça-feira, o oitavo discurso de Lula da Silva na Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova Iorque. O presidente brasileiro fez como que uma prestação de contas internacional, após a divulgação da invasão da sede dos três poderes em Brasília (o Congresso, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal), ter acontecido uma semana após a sua tomada de posse, em janeiro.
“Se hoje eu retorno na ONU na condição de presidente do Brasil, é graças à vitória da democracia do meu país. A democracia garantiu que superássemos o ódio, a desinformação e a opressão", afirmou Lula.
Lula reforçou também a importância do combate à fome e à desigualdade social no mundo. E, aos países mais ricos, cobrou ações para enfrentar o problema das mudanças climáticas.
“São as populações vulneráveis do sul global, as mais afetas pelas perdas e danos causados pela mudança do clima”, disse o líder brasileiro.
Na mesma linha do combate à desigualdade, o presidente brasileiro voltou a reforçar a sua proposta de uma reforma nos organismos internacionais, como o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas, com maior participação dos países emergentes. Um dos argumentos de Lula para as mudanças institucionais tem sido o fracasso nas negociações, passados já mais de um ano e meio desde o início da guerra na Ucrânia.
“Não subestimamos as regras para alcançar a paz, mas nenhuma solução será duradoura se não for baseada no diálogo. Tenho reiterado que é preciso trabalhar para criar espaço para negociações”, acrescentou.
Lula da Silva teve o seu primeiro com o presidente Volodymyr Zelensky nesta quarta-feira, em Nova York, logo após sua reunião bilateral com Joe Biden.