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Trump e advogados só podem ver provas classificadas em instalações seguras

A juíza federal do caso em que o antigo presidente norte-americano é acusado de guardar ilegalmente documentos classificados na sua propriedade determinou que Trump e os seus advogados não podem revelar informação classificada a ninguém.

AMR ALFIKY

SIC Notícias

Lusa

A juíza federal do caso em que Donald Trump é acusado de guardar ilegalmente documentos classificados na sua propriedade no Estado da Florida ordenou ao antigo presidente que use instalações seguras para rever as provas classificadas.

A juíza Aileen Cannon emitiu uma ordem restritiva em que determina que Trump e os seus advogados não podem revelar informação classificada a ninguém, com exceção de "pessoas do governo que tenham as devidas autorizações de acesso e sobre as quais tenha sido determinado que têm de a conhecer" e outros "especificamente autorizados a aceder a tal informação".

A ordem de Cannon segue-se a uma audiência à porta fechada entre advogados de Trump e a equipa do procurador especial Jack Smith.

Em causa está a forma como as partes devem ser instruídas no manuseio da informação classificada, que está no centro da acusação.

Os advogados de Trump querem que o antigo presidente norte-americano tenha direito a "restabelecer" a mesma instalação segura que tinha autorizado, então enquanto presidente, para consultar a informação classificada.

Os procuradores objetaram fortemente à ideia de estabelecer tal instalação segura em Mar-a-Lago, para onde centenas de documentos marcados como confidenciais foram levados quando Trump saiu da Casa Branca.

"No essencial, [Trump] está a pretender ser o único acusado em um caso que envolve informação classificada, pelo menos que seja do conhecimento do governo, que seria capaz de manusear informação classificada em uma residência privada", escreveram os procuradores.

"E com certeza que o Clube Mar-a-Lago é menos recomendável do que a maior parte das residências para acolher uma instalação segura, porque é um clube social", detalharam.

A ordem de Cannon, que ocupa 16 páginas, não refere Mar-a-Lago, o que sugere que não apoia a pretensão de Trump. Em vez disso, ordenou a Trump e à sua equipa de advogados que usem uma instalação segura certificada, designada SCIF na sigla em inglês, para consultarem informação classificada.

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