Foram encontrados mais de 100 corpos de vítimas mortais do incêndio na ilha de Maui, no Havai. A maioria continua por identificar, mas, aos poucos, vão-se conhecendo as suas histórias.
Uma das vítimas encontradas era um baterista e guitarrista de 79 anos, internado num lar que foi consumido pelas chamas. Outras das vítimas foi encontrada deitada sobre os restos mortais do seu cão. O homem terá ficado na cidade para ajudar a salvar a casa de um amigo e acabou por perder a vida.
As buscas continuam no terreno, onde estão mais de 400 operacionais. A esta altura, mais de 60% da área do fogo já foi ‘varrida’ por estes elementos em busca de vítimas.
Sobreviventes preocupados com falta de água
Uma das grandes preocupações dos habitantes é a falta de água na ilha, já que as cadeias de turismo têm controlo sobre 75% deste recurso, usado em campos de golfe, jardins ou piscinas.
“Apenas 25% é controlado pelo condado”, conta uma das habitantes.
A contagem dos prejuízos continua. Foram destruídos mais de 2.200 edifícios e outros 500 ficaram danificados. Estima-se um prejuízo de quase seis mil milhões de euros.
Enquanto uns fazem o luto e outros tentam encontrar formas de refazer a vida, chegam telefonemas de agentes imobiliários interessados em comprar terrenos a preços mais baixos.
O Governo garantiu que quem se aproveitar da fragilidade das vítimas vai ter de responder na justiça.