Uma mulher canadiana foi condenada a 22 anos de prisão nos Estados Unidos por enviar cartas com veneno de ricina, inclusive a Donald Trump, quanto este era ainda Presidente dos EUA.
Pascale Ferrier, de 56 anos, concordou com a sentença em janeiro, depois de se declarar culpada de acusações de utilização de armas biológicas.
O envelope enviado a Trump foi intercetado em setembro de 2020 antes de ser entregue na Casa Branca.
Ferrier disse em tribunal que lamentava que o seu plano tivesse falhado e que "não conseguiu impedir Trump", afirmando que se via "como uma ativista, não como uma terrorista".
"Quero encontrar meios pacíficos para atingir meus objetivos", acrescentou.
O FBI encontrou as impressões digitais da mulher na carta endereçada ao então presidente, que o instava a desistir da corrida presidencial.
A juíza distrital Dabney Friedrich condenou Pascale Ferrier a 22 anos de prisão, sendo que será deportada e enfrentará uma supervisão vitalícia se for reincidente. Friedrich disse ainda que as ações de Ferrier eram "prejudiciais para a sociedade".
A mulher admitiu ter enviado cartas igualmente contaminadas a oito polícias do Texas.
Em 2019, já tinha sido presa por 10 semanas devido a porte ilegal de arma e conduzir sem carta de condução válida, e culpou esses funcionários por essa detenção, de acordo com um comunicado do departamento de justiça dos Estados Unidos.
Mais tarde, admitiu ter utilizado a ricina - um veneno feito com os sementes de mamona - na sua casa no Quebec.
A ricina é uma proteína presente nas sementes da mamona, altamente tóxica, considerada a toxina de origem vegetal mais potente.