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Incêndio do Havai: identificação das vítimas é um processo que pode demorar anos

O trabalho das equipas de resgate ainda está concentrado numa pequena parte da ilha.

SIC Notícias

No Havai, as autoridades encontram, até ao momento, os corpos de 106 vítimas, mas apenas cinco foram identificadas. Este é um processo que pode demorar anos e que é dificultado pelo estado em que as vítimas estão a ser encontradas.

“Pode ser realmente muito complicado encontrar amostras de ADN viáveis”, referiu Kari Inda, especialista em ciência forense.

Equipas com cães altamente treinados procuram vítimas nos escombros para darem o alerta que encontraram algo. Depois, é a vez de os humanos, que compõem as cerca 200 equipas que estão no terreno, entrarem em ação.

O número de corpos recolhidos não para de crescer e com mais de 1.300 pessoas desaparecidas adivinham-se dias difíceis e é certo que há crianças entre as vítimas.

A maior parte da cidade ainda está fechada. O governador diz que “em alguns locais, as situações são demasiado horríveis para ver ou partilhar, do ponto de vista humano”.

É na morgue que muitos têm procurado os familiares. Michael, por exemplo, foi à procura do padrasto.

“Ele morreu. Só quero identificar o corpo dele e permitir que descanse em paz”, disse o homem que se refugiou nas rochas, junto à água, com a família e o cão.

Muitos refugiaram-se no mar para fugir do fogo. Foi o que aconteceu com Andreza e Mike, entrevistados no Havai pela Globo. Mike tinha saído de casa para comprar um gerador quando percebeu que o fogo estava muito próximo. Com as estradas bloqueadas, o casal teve de fugir a pé, mas acabou encurralado pelo fogo. Sem sítio para onde escapar, o casal decidiu atirar-se à água, mas tiveram de esperar 12 horas por ajuda.

A visita do Presidente dos EUA a Maui está agendada para a próxima segunda-feira.

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