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Junta militar apela à calma e defende fim do vandalismo no Níger

Os militares alegam terem derrubado do poder Mohamed Bazoum, democraticamente eleito em 2021. O acesso ao palácio presidencial está bloqueado e os partidos políticos “estão suspensos até nova ordem”.

SIC Notícias

Lusa

A junta militar nigerina que tomou o poder na quarta-feira fez esta quinta-feira um apelo à calma e recomendou à população que se abstenha de realizar atos de vandalismo, depois das manifestações violentas registadas na capital, Niamey.

O Conselho Nacional para a Salvaguarda da Pátria (CNSP) apela à população para ficar calma e abster-se de todos "os atos de vandalismo que destruam bens públicos e ou privados", lê-se num comunicado citado pela agência francesa de notícias, a France-Presse (AFP).

Noutro comunicado, difundido pela junta militar, informa-se que "os partidos políticos estão suspensos até nova ordem".

O apelo à calma surge depois de várias pessoas terem ficado feridas durante um protesto a favor dos golpistas, no qual os manifestantes invadiram a sede do partido do Presidente e queimaram cerca de 20 veículos.

Países condenam golpe de Estado

Os parceiros do Níger, incluindo os Estados Unidos, a França e a ONU, condenaram o golpe de Estado que derrubou o Presidente democraticamente eleito Mohamed Bazoum, no poder desde 2021.

Mohamed Bazoum continuava refém com a sua família na sua residência oficial em Niamey, mas está de boa saúde, de acordo com as pessoas que lhe são próximas.

A Rússia, que acolhe atualmente a segunda cimeira Rússia-África, apelou à sua "rápida libertação", pedindo a ambas as partes que "se abstenham do uso da força e resolvam todas as questões controversas através de um diálogo pacífico e construtivo".

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