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Satélite "made in" Portugal desativado reentra na Terra nos próximos dias

É a primeira vez que a Agência Espacial Europeia (ESA) executa a reentrada assistida de um satélite em fim de vida. Satélite Aeolus tem "morte" anunciada quando destroços caírem no Atlântico.

European Space Agency

SIC Notícias

Lusa

O satélite Aeolus, que estudou os ventos do planeta com tecnologis portuguesa, vai reentrar na Terra na sexta-feira. A Agência Espacial Europeia (ESA)iniciou as manobras. No entanto, o Aeolus tem "morte" anunciada para sexta-feira, quando destroços caírem no Atlântico.

É a primeira vez que a ESA executa a reentrada assistida de um satélite em fim de vida.

O que resta de combustível do Aeolus, que tem componentes fabricados por empresas portuguesas, está a ser usado para direcioná-lo para a reentrada na atmosfera terrestre.

Como vai acontecer?

Quando o Aeolus se encontrar a 80 quilómetros da superfície da Terra, grande parte do satélite se incendiará, embora alguns fragmentos possam chegar ao planeta. Isto significa que não há planos para recuperar pedaços do satélite.

A ESA, da qual Portugal é Estado-membro, assegurou, na conferência de imprensa, que o risco de um pedaço de lixo espacial atingir uma pessoa é quase três vezes menor do que o risco da queda de um meteorito.

No entanto, os especialistas da ESA esclarecem que os riscos vão ser avaliados no momento e que “é possível” um desvio do plano, de acordo com o Space, um site de notícias sobre o espaço e astronomia.

Se a operação falhar, o Aeolus fará a reentrada natural e não guiada para a qual foi originalmente destinado quando foi criado.

A reentrada do Aeolus (ou o que restará dele) na Terra deverá ser finalizada na sexta-feira à noite depois de uma equipa do centro de operações espaciais da ESA, na Alemanha, guiar o engenho para uma zona do oceano Atlântico o mais longe possível de terra firme.

Aeolus

O satélite tem o nome do guardião dos ventos na mitologia grega (Aeolus em inglês, Éolo em português).

O satélite, lançado em 2018 para a órbita terrestre, esteve em missão durante cinco anos, mais dois do que o prazo inicialmente previsto, com o intuito de ajudar os especialistas a melhorarem os modelos climáticos e as previsões meteorológicas.

A Aeolus tem estado a orbitar a Terra desde 2018, quando se tornou a primeira nave espacial a medir os ventos do planeta a partir do espaço. Foi desligada, no início de julho deste ano, depois de quase ter esgotado o combustível. Desde então, tem vindo a cair em direção à Terra a uma velocidade crescente.

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