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UE e América Latina aproximam-se, mas divergem sobre a guerra na Ucrânia

O encontro em Bruxelas é para estreitar relações entre a União Europeia e os países da América Latina e Caraíbas, mesmo quando não olham exatamente da mesma forma para a guerra na Ucrânia.

SIC Notícias

A divergência de visões sobre a guerra na Ucrânia está a marcar a cimeira que junta em Bruxelas 50 líderes da União Europeia e da América Latina e Caraíbas. Os blocos tentam reforçar os laços entre os dois lados do Atlântico, mas ainda não há acordo sobre a declaração final.

“A guerra no coração da Europa lança sobre o mundo o manto da incerteza e canaliza para fins bélicos recursos até então essências para a economia e programas sociais”, atira o Presidente brasileiro, Lula da Silva.

Para António Costa, é claro que “qualquer cidadão do mundo prefere gastar dinheiro a combater a fome e a promover o desenvolvimento do que gastar dinheiro em defesa”.

No entanto, "uma matéria diferente é saber se reforço do investimento em defesa é ou não necessário. Infelizmente é, ainda que não seja desejável. Não vale a pena exagerarmos nas diferenças", frisa o primeiro-ministro português.

No arranque da cimeira e num recado que podia ser para Putin, Lula condenou o uso da força para resolver conflitos, mas deixou também criticas às sanções dos europeus.

A guerra é um tema incontornável, sobretudo num dia em que a Rússia não renovou o acordo dos cereais.

“Muitos países, também na América do Sul, sofrem as consequências da guerra devido ao aumento dos preços e as questões de segurança alimentar”, realça o chanceler alemão Olaf Scholz.

Bruxelas acolheu primeira cimeira depois de oito anos

Há muito para falar quando a Europa quer ganhar terreno à Rússia e à China do outro lado do Atlântico, de modo a ser ser o parceiro mais fiável.

Para já, o sucesso principal da cimeira é ter acontecido oito anos depois do último encontro.

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