O ex-Presidente brasileiro Jair Bolsonaro tornou-se esta sexta-feira inelegível até 2030, no julgamento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Quatro juízes, entre um total de sete que compõem o TSE, votaram pela inelegibilidade do ex-Presidente brasileiro.
A juíza Cármen Lúcia, a primeira a votar hoje, considerou que Jair Bolsonaro cometeu abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação.
Jair Bolsonaro está acusado de abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação durante uma reunião que o então chefe de Estado brasileiro organizou, em plena campanha eleitoral, com embaixadores estrangeiros no Palácio da Alvorada, casa oficial do Presidente em Brasília, em 18 de julho de 2022.
Nesta reunião, Jair Bolsonaro lançou vários ataques infundados sobre a fiabilidade do processo eleitoral e, mais precisamente das urnas eletrónicas, utilizadas desde 1996 e validadas por vários organismos internacionais, e as mesmas que o elegeram para vários mandatos enquanto deputado federal e para Presidente.
Bolsonaro considera julgamento “politiqueiro”
O ex-Presidente brasileiro classificou de "politiqueiro" e "da mais baixa intenção" o julgamento que começou esta quinta-feira no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), no qual é acusado de abuso de poder, podendo perder os seus direitos políticos por oito anos.
"Começou o meu julgamento político. Ou melhor, não é político, é politiqueiro. Da mais baixa intenção por parte de alguns", afirmou esta semana Bolsonaro, num evento com trabalhadores dos transportes em Porto Alegre, no sul do país.
"Não estou aqui atacando o TSE, longe disso. Mas a fundamentação é coisa inacreditável", frisou.