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Julgamento de Bolsonaro “vai definir o futuro político do Brasil”

A comentadora SIC Giuliana Miranda afirma que se Jair Bolsonaro se tornar inelegível, pode abrir espaço para uma figura de direita com posições menos radicais.

SIC Notícias

É o “julgamento que vai definir o futuro político do Brasil”, começou por classificar a comentadora SIC Giuliana Miranda. É que Bolsonaro pode tornar-se inelegível e, nesse cenário, “abre-se uma série de possibilidades na direita mais radical”, disse.

“Há um entendimento que se [Bolsonaro] ficar inelegível, há espaço para uma figura com posições menos radicais e essa seria a oportunidade para outros nomes nessa ala política”, afirmou Giuliana Miranda.

A comentadora SIC recorda que se o ex-presidente do Brasil for condenado, só poderá voltar a candidatar-se a eleições em 2030, já com 75 anos.

Questionada sobre os apoiantes de Bolsonaro, a comentadora SIC diz que há uma percentagem que continua “muito firme” e que o “discurso de vitimização” é muito apelativo.

“Bolsonaro adota um discurso de vitimização, de estar a ser perseguido pelas autoridades judiciais. Esse discurso é muito apelativo para uma série de apoiantes”, conclui.

Ministério Público pediu condenação de Bolsonaro

O Ministério Público Eleitoral brasileiro pediu esta quinta-feira a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Na ação, corroborada pelo Ministério Público Eleitoral, argumenta-se que Bolsonaro cometeu abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação durante uma reunião que o então chefe de Estado brasileiro organizou, em plena campanha eleitoral, com embaixadores estrangeiros no Palácio da Alvorada, casa oficial do Presidente em Brasília, no dia 18 de julho de 2022.

Nesta reunião, o então Presidente lançou vários ataques infundados sobre a fiabilidade do processo eleitoral e, mais precisamente, das urnas eletrónicas, utilizadas desde 1996 e validadas por vários organismos internacionais, e as mesmas que o elegeram para vários mandatos enquanto deputado federal e para Presidente.

Bolsonaro, perante cerca de 40 embaixadores dos mais variados países, incluindo o português, disse, sem fundamentos, que o sistema poderia ser alvo de fraude e não seria auditável, insinuou que era uma empresa a contar os votos e não o TSE e afirmou ainda, sem quaisquer provas, que um hacker tinha tido acesso "a tudo dentro do TSE".

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