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Parlamento russo proíbe operações cirúrgicas para mudar de género

A partir de agora só serão admitidas as operações para corrigir anomalias na formação do género das crianças e só com autorização médica. Desde 2020, a Constituição russa também especifica que o casamento é uma união entre um homem e uma mulher.

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SIC Notícias

A Duma, a câmara baixa do parlamento russo, aprovou esta quarta-feira uma lei que proíbe operações cirúrgicas para mudar de género.

A medida está de acordo com uma iniciativa de Vladimir Putin que diz que a mudança de género é uma evidência da decadência moral do Ocidente.

A partir de agora só serão admitidas as operações para corrigir anomalias na formação do género das crianças e só depois de uma autorização médica de instituições de saúde federais.

Entre 2018 e 2022, mais de dois mil e 700 russos mudaram de género.

Em novembro de 2022, os deputados russos adotaram emendas legislativas que ampliam de forma significativa a lei que proíbe a "propaganda LGBT+" marcando o caráter conservador do Kremlin e em plena campanha militar da Rússia contra a Ucrânia.

Estas emendas à lei de 2013 que proibia a "propaganda" LGBT+ para menores, passam a proibir a "promoção de relações sexuais não tradicionais" para todos os públicos, nos media, na internet, em livros e nos filmes.

A lei contra a "propaganda" homossexual de 2013 serviu de pretexto para proibir as marchas do orgulho gay e a exibição de bandeiras arco-íris. Desde 2020, a Constituição russa também especifica que o casamento é uma união entre um homem e uma mulher, proibindo dessa forma o casamento entre pessoas do mesmo sexo.

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