O ex-primeiro-ministro britânico Boris Johnson renunciou esta sexta-feira ao cargo de deputado no Parlamento britânico com efeito imediato. A saída acontece depois de ter tomado conhecimento do relatório da comissão de inquérito parlamentar sobre o escândalo “Partygate”.
Ao longo dos últimos meses, os deputados investigaram se Boris Johnson mentiu ou não ao Parlamento acerca das festas em Downing Street durante a pandemia. Um caso que ficou conhecido como “Partygate” e que acabou por forçar Boris Johnson a demitir-se de primeiro-ministro e, agora, de deputado.
Em comunicado, Boris Johnson garante não ter mentido e acredita que os deputados “o sabem”.
“É com tristeza que abandono o Parlamento - pelo menos por agora - mas, acima de tudo, estou perplexo e chocado por poder ser forçado a sair, de forma antidemocrática, por um comité presidido pela [deputada trabalhista] Harriet Harman, com um viés tão flagrante”.
Na longa declaração de renúncia, Johnson acusou a comissão de inquérito de procurar considerá-lo culpado "desde o início" e "independentemente dos factos".
A renúncia desencadeará uma eleição especial para substituir Johnson como deputado para um lugar no subúrbio de Londres.