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Novo protesto em Israel contra reforma do sistema judicial

A polícia não forneceu números oficiais sobre o número de participantes nas manifestações. Na semana passada a mobilização foi reduzida na sequência de novas violências entre Israel e movimentos armados palestinianos na Faixa de Gaza.

ILAN ROSENBERG/REUTERS

SIC Notícias

Lusa

Milhares de israelitas voltaram a sair este sábado à rua pela segunda semana consecutiva para protestar contra o projeto de reforma judicial do Governo de Benjamin Netanyahu, com a maior concentração a decorrer em Telavive.

"Bini, inimigo da democracia" ou "ministro do crime" foram algumas das frases escritas em cartazes erguidos pelos manifestantes, e que desde janeiro se concentram semanalmente para denunciar a reforma e criticar o Governo de Netanyahu, indiciado por corrupção numa série de casos.

Em 27 de março, o chefe de Governo anunciou uma "pausa" no projeto para fornecer "uma hipótese (...) ao diálogo", mas a mobilização permaneceu forte.

A polícia não forneceu números oficiais sobre o número de participantes nas manifestações.

Na semana passada a mobilização foi reduzida na sequência de novas violências entre Israel e movimentos armados palestinianos na Faixa de Gaza, com um balanço de 34 palestinianos mortos e uma israelita. No passado sábado um cessar-fogo pôs termo a cinco dias de confrontos.

Para o Governo, definido como o mais à direita da história de Israel, a reforma do sistema judicial destina-se a reequilibrar os poderes ao diminuir as prerrogativas do Supremo tribunal, que o Executivo considera politizado, e em benefício do Parlamento.

Pelo contrário, os detratores da reforma consideram que se arrisca a abrir caminho a uma deriva iliberal ou autoritária.

O Presidente do Estado de Israel, Isaac Herzog, conduz negociações desde há um mês com representantes do Governo e da oposição para chegar a um compromisso sobre os termos da reforma.

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