Na Faixa de Gaza e na Cisjordânia assinalou-se esta segunda-feira a “Nakba”, o dia da “catástrofe” palestiniana desencadeada pela declaração do Estado de Israel. A 15 de maio de 1948 começava o êxodo de mais de 710.000 palestinianos.
A 14 de maio de 1948, às 16:00 locais, a Declaração da Independência de Israel foi assinada no salão do antigo Museu Nacional de Telavive (atual Museu da Independência), algumas horas antes do fim do mandato britânico sobre a Palestina, documento lido por David Ben-Gurion.
"Afirma-se o direito natural do povo judeu a ser, como todas as outras nações, dono do seu próprio destino no solo do seu próprio Estado soberano", afirmou então Ben-Gurion, que, depois, proclamaria "o estabelecimento de um Estado judaico na terra de Israel, que será chamado Estado de Israel".
Os palestinianos assinalaram a data como “catástrofe” ou “desastre” e designa o êxodo palestiniano. Pelos menos 711.000 árabes palestinianos fugiram ou foram expulsos dos seus lares.
Todos os anos, os palestinianos saem às ruas com uma chave enferrujada, uma das relíquias mais preciosas que muitas famílias guardam e conseguiram manter de geração em geração. São elas as chaves das casas das quais saíram há 75 anos e para as quais nunca puderam regressar.
Yacoub Odeh, um homem de 83 anos, recorda a sua infância na aldeia de Lifta.