No Sudão falhou o primeiro cessar-fogo. Os rebeldes voltaram a propor novas tréguas para as próximas 24 horas. Palco principal dos combates, na capital Cartum falta já comida e água. Há hospitais e corpos abandonados nas ruas.
Alertamos para as imagens violentas.
Pelo quinto dia o aeroporto de Cartum é o palco principal dos combates entre os rebeldes e o exército sudanês. Apesar dos bombardeamentos intensos, as Forças de Apoio Rápido resistem e mantêm o controlo das instalações onde estarão ainda retidas centenas de passageiros e de funcionários.
Na capital sudanesa o cessar-fogo de 24 horas foi violado.
Esta quarta-feira, o exército reclamou o resgate de 450 estudantes retidos desde o fim de semana na Universidade de Cartum.
Por causa do fogo cruzado que destrói a maior cidade do país haverá quase 5 milhões de habitantes presos em casa sem reservas de água e comida.
A nível sanitário, a situação é considerada dramática pelas organizações internacionais que suspenderam de imediato os programas de ajuda.
Com temperaturas a rondarem os 38 graus, há dezenas de corpos abandonados nas ruas e a maioria dos hospitais não funcionam por falta de pessoas e devido ao roubo de material médico.
Na origem do conflito que já provocou mais de 300 mortos e 3.000 feridos está a rivalidade entre os dois generais mais poderosos da Junta Militar que governa o Sudão. O general Mohamed Hamdan Dagalo recusa acatar ordens do general Abdel Fattah al-Burhan.