Ensinar um robot por 300 mil euros por ano e sem ser preciso experiência? Pode parecer demasiado bom para ser verdade, mas esta profissão existe mesmo.
Criada na era da Inteligência Artificial, a engenharia de “prompt” é, explicada de forma simples, ensinar robots a comunicar.
Utilizemos o exemplo do ChatGPT, a plataforma de Inteligência Artificial capaz de conversar em qualquer idioma com um utilizador. Um engenheiro de “prompt” ensinaria o ChatGPT a comunicar efetivamente, corrigindo-o quando se engana ou explicando a melhor forma de responder a determinada questão.
Uma empresa em São Francisco, nos Estados Unidos, está à procura de uma pessoa para este trabalho e oferece um salário entre 175 mil dólares e 335 mil dólares por ano (cerca de 160 mil euros a 308 mil euros).
“Precisamos de dar ao robot as palavras certas para entender o que queremos que ele faça. Para fazer isso, temos que pensar bem nas palavras que usamos”, explica Michael Delcore, especialista em Inteligência Artificial, à Euronews Next.
E experiência, é necessário? Ao contrário do que possa pensar, não é preciso ter qualquer conhecimento a nível de linguagens de programação. O que deve ter são competências linguísticas e gramaticais.
Mairi Bruce, engenheira de “promt” no Reino Unido, confirma à Euronews Next que no seu processo de recrutamento a experiência profissional anterior não foi um requisito.
“O critério era apenas: eles são inteligentes e capazes?”, disse.
A quem estiver interessado em trabalho na área, a engenheira deixa um conselho: “Brinque com as palavras. Que palavras podem funcionar? Que estrutura de frase pode funcionar? Porque, como disse, não há uma fórmula específica. Portanto, uma certa pontuação pode provocar uma ideia fantástica e outra não”.