Um australiano de 40 anos aventurou-se nas águas da praia de Cronulla, em Sidney, e bateu o recorde mundial de mais horas a surfar. O objetivo era chamar a atenção para os problemas da saúde mental.
Blake Johnston, ex-surfista profissional, começou na quinta-feira a surfar com o objetivo de atingir o recorde mundial. No entanto, esse não era o único objetivo. Com esta iniciativa, o australiano procurou reforçar a tema da saúde mental, para que não seja esquecido.
Com o seu esforço, conseguiu angariar cerca de 335 mil dólares (314 mil euros) para instituições de caridade, noticiou a BBC.
Blake Johnston bateu o recorde que pertencia ao sul-africano Josh Enslin , que fez 30 horas e 11 minutos a surfar.
O australiano enfrentou vários riscos, como o de cegueira, orelhas infetadas e desidratação, para além da privação do sono e hipotermia, depois de ter passado muito tempo na água.
Durante a noite, foram utilizados holofotes para ajudar Johnston a surfar. Além disso, esteve sempre presente uma equipa de médicos para monitorizar a saúde do atleta, dando o apoio necessário.
Os curiosos para ver este desafio foram muitos e a praia de Cronulla encheu-se para assistir a Blake Johnston a surfar mais de 700 ondas.
O surfista acabou por deixar a praia com um chapéu de cowboy preto com um coberto térmico sobre si.
Antes de se aventurar no mar, o australiano mostrou-se confiante com este desafio. "Pensei: ‘Eu posso fazer isto. Posso surfar 40 horas’.", admitiu lembrando que queria fazer a diferença.
"Assim, posso surfar com as pessoas, trazer a comunidade e fazer a diferença para o futuro", concluiu.
Os fundos angariados vão reverter para a "Chumpy Pullin Foundation", criada em memória do snowboarder olímpico australiano Alex Pullin, que se afogou no mar da Gold Coast quando praticava caça submarina, em 2020.
A BBC refere que a imprensa local afirma que três amigos de Blake Johnston morreram de problemas de saúde mental, o que o motivou a participar na iniciativa.