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Rockets disparados contra Israel em resposta a incursão israelita na Cisjordânia

Receios de nova espiral de violência: uma incursão israelita na Cisjordânia foi seguida de disparos de rockets a partir da Faixa de Gaza em direção a Israel, a que se seguiram ataques aéreos israelitas ao amanhecer contra o território sob o controlo do movimento islâmico palestiniano Hamas.

Ataque aéreo israelita no oeste da Faixa de Gaza, quinta-feira, 23 de fevereiro de 2023.
Fatima Shbair / AP

SIC Notícias

Israel e grupos armados palestinianos entraram de novo em confronto com lançamentos de rockets e mísseis por ambos os lados. Seis rockets foram disparados da Faixa de Gaza em direção ao sul de Israel, que respondeu com novos bombardeamentos.

As forças israelitas realizaram esta manhã ataques na Faixa de Gaza depois de rockets palestinianos terem sido disparados sobre o sul de Israel, em resposta a uma operação na Cisjordânia ocupada que resultou na morte de 11 palestinianos.

Uma incursão militar israelita na quarta-feira na cidade de Nablus, provocou confrontos, 11 palestinianos foram mortos, incluindo um rapaz de 16 anos, e mais de 100 ficaram feridos.

Em resposta, esta madrugada foram disparados mísseis contra as cidades de Ashkelon e Sderot. Oito de acordo com testemunhas palestinianas, mas. segundo Israel, foram disparados seis rockets cinco dos quais foram intercetados. Não há relatos de danos ou baixas.

Antes do amanhecer de quinta-feira, vários foguetes - seis de acordo com o exército israelense - foram disparados da Faixa de Gaza contra Israel.

As forças de segurança israelitas disseram estar em alerta máximo, enquanto o Hamas em Gaza afirmou que a paciência estava "a esgotar-se". A Jihad Islâmica, por sua vez, prometeu retaliar.

“Restaurar a calma”

Desde o início do ano, o conflito israelo-palestiniano já custou a vida a 60 palestinianos (incluindo membros de grupos armados e civis) e um polícia israelita e um ucraniano, segundo uma contagem da AFP compilada de fontes oficiais israelita e palestinianas.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, manifestou preocupação com o facto de que a situação “no território palestiniano ocupado ser a mais inflamável em anos”.

"A nossa prioridade imediata deve ser evitar uma nova escalada, reduzir as tensões e restaurar a calma", disse Guterres.

A União Europeia apelou a "todas as partes (para trabalhar) no sentido de um regresso à calma e uma diminuição das tensões"

Paris exortou "todos os atores a se absterem de qualquer ação que possa alimentar a espiral" de violência e os Estados Unidos disseram estar "extremamente preocupados" com o nível de violência na Cisjordânia.

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