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G7 e UE condenam lançamento de míssil balístico pela Coreia do Norte

O Japão avança que o míssil teria atingido a sua Zona Económica Exclusiva. Os países do G7 " condenam nos termos mais fortes" este lançamento de um ICBM.
Lee Jin-man

SIC Notícias

Lusa

A Coreia do Norte disparou este sábado um míssil balístico de longo alcance que terá caído em águas japonesas. O lançamento surge um dia depois da Coreia do Norte ter ameaçado com uma resposta sem precedentes, perante os exercícios militares conjuntos entre Estados Unidos e a Coreia do Sul.

Os países do G7 condenaram o "comportamento irresponsável" da Coreia do Norte: "O comportamento irresponsável da Coreia do Norte exige uma resposta unificada da comunidade internacional, incluindo uma nova ação significativa do Conselho de Segurança das Nações Unidas", afirmam os ministros dos Negócios Estrangeiros do G7 num comunicado conjunto, após uma reunião em Munique, na Alemanha.

Segundo Tóquio, o míssil teria atingido a sua Zona Económica Exclusiva. Os países do G7 - Estados Unidos, Alemanha, Japão, França, Itália, Reino Unido e Canadá - "condenam nos termos mais fortes" este lançamento de um ICBM.

Para os diplomatas, "este ato constitui uma violação flagrante das resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas e ameaça a paz e a segurança regional e internacional".

O G7, presidido este ano pelo Japão, "exorta a Coreia do Norte a cumprir integralmente todas as obrigações decorrentes das resoluções relevantes do Conselho de Segurança das Nações Unidas", lê-se no comunicado.

O G7 apela ainda a "todos os Estados para implementarem plena e eficazmente todas as resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas".

As tensões militares aumentaram na península coreana em 2022, quando Pyongyang afirmou o seu estatuto de potência nuclear como "irreversível" e conduziu uma série recorde de testes de armas, incluindo ICBM.

União Europeia pede “resposta apropriada” da ONU

A União Europeia (UE) considerou que o disparo de um míssil balístico intercontinental pela Coreia do Norte coloca em causa a segurança internacional e exigiu uma "resposta apropriada" do Conselho de Segurança da ONU.

"O disparo de um míssil de longo alcance pela República Popular Democrática da Coreia (RPDC), hoje, é uma ação perigosa e imprudente que põe em perigo a paz e a segurança internacional e regional", afirma a porta-voz do chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell.

"O programa nuclear e de mísseis da RPDC ameaça todos os países e exige uma resposta apropriada do Conselho de Segurança da ONU", acrescentou Nabila Massrali em comunicado, acrescentando: "A UE reitera seu apelo à RPDC para cessar imediatamente os lançamentos de mísseis balísticos e iniciar um diálogo construtivo com os Estados Unidos e a República da Coreia [do Sul]", insistiu.

Segundo a mesma nota, a UE "nunca aceitará que a RPDC prejudique a arquitetura internacional de não proliferação".

"O único caminho para a paz e segurança duradouras na região é através do compromisso da RPDC com ações destinadas a garantir a desnuclearização completa, verificável e irreversível da Península Coreana", afirmou.

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