Os Estados Unidos e o Canadá detetaram um balão de vigilância a sobrevoar o espaço aéreo dos dois países, com Washington a afirmar estar muito seguro de que o aparelho é chinês.
O Pentágono decidiu não abater o balão devido ao risco de atingir pessoas no solo, informaram as autoridades norte-americanas na quinta-feira. O balão foi avistado no espaço aéreo norte-americano durante dois dias e a descoberta coloca uma tensão adicional nas relações EUA-China.
As imagens do balão chinês estão a ser divulgadas pelas agências internacionais e partilhadas nas redes sociais.
Um responsável da defesa disse aos jornalistas que os EUA estão "muito seguros" de que se trata de um balão chinês de alta altitude que se encontrava a sobrevoar locais sensíveis para recolher informações.
Um dos locais onde o balão foi visto foi Montana, onde se encontra um dos três campos de silos de mísseis nucleares.
Incidente acontece quando Blinken prepara viagem a Pequim
O Pentágono afirmou que o Governo continua a seguir o rasto do balão e indicou que este "atualmente viaja a uma altitude bem acima do tráfego aéreo comercial e não representa uma ameaça militar ou física para as pessoas em terra". E acrescentou que tem sido reportada uma atividade semelhante com balões nos últimos anos, garantindo que os EUA tomaram medidas para assegurar que não foram recolhidas informações sensíveis.
O incidente surge quando o secretário de Estado, Antony Blinken, se prepara para fazer a primeira viagem a Pequim.
Pouco depois das informações prestadas pelo Pentágono, o Canadá deu conta de um outro avistamento: "Os canadianos estão seguros e o Canadá está a tomar medidas para garantir a segurança do seu espaço aéreo, incluindo a monitorização de um potencial segundo incidente", disse o Ministério da Defesa do Canadá em comunicado.
O Canadá não se referiu à China. "As agências de informação do Canadá estão a trabalhar com os parceiros norte-americanos e continuam a tomar todas as medidas necessárias para proteger as informações sensíveis do Canadá contra as ameaças dos serviços de informação estrangeiros", acrescentou.