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Boris Johnson desiste de nova candidatura a primeiro-ministro do Reino Unido

Coonclui que "não se pode governar eficazmente se não se tiver um partido unido no Parlamento".

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SIC Notícias

Lusa

O antigo primeiro-ministro Boris Johnson indicou, este domingo, que não será candidato à sucessão de Liz Truss, deixando o caminho para o favorito Rishi Sunak.

Johnson alega que tinha o apoio de 102 colegas deputados, suficiente para se qualificar, mas que conclui que "não se pode governar eficazmente se não se tiver um partido unido no Parlamento".

Nos últimos dias a imprensa britânica especulou sobre um possível regresso de Johnson à política ativa e o ministro da Economia, Jacob Rees-Mogg, disse hoje à BBC que “é evidente que ele vai candidatar-se”.

Sucessão a Liz Truss tem dois candidatos

A menos de 24 horas do encerramento das candidaturas à sucessão de Liz Truss como líder do Partido Conservador e primeiro-ministro, apenas estão confirmados dois concorrentes e nenhum deles é Boris Johnson. Foi, entretanto anunciado, que o antigo primeiro-ministro britânico está fora da corrida à liderança.

De acordo com a contagem do site Guido Fawkes até às 17:00 de domingo, Rishi Sunak tinha o dobro dos apoios de Johnson, 153 contra 76, enquanto Penny Mordaunt só tem 28.

Muitos antigos correligionários de Boris Johnson ou Liz Truss passaram a apoiar Rishi Sunak, como o antigo negociador do 'Brexit', David Frost, ou a antiga ministra do Interior Suella Braverman.

Outras figuras da ala direita, como Theresa Villiers, a ministra do Comércio Kemi Badenoch e o eurocético Steve Baker, atual secretário de Estado para a Irlanda do Norte, também preferem Sunak.

Uma sondagem publicada hoje pela empresa Opinium indica que Sunak é o favorito dos britânicos para ser primeiro-ministro, tendo recolhido 45% das preferências de voto, enquanto Johnson ficou-se pelos 27%.

Porém, a diferença é menor entre os militantes Conservadores, com 48% a preferir Sunak e 45% o antigo primeiro-ministro num estudo de opinião da Savanta ComRes para o jornal The Sunday Telegraph, que mostra como o partido está dividido.

Demissão de Liz Truss

A primeira-ministra não resistiu à pressão sobre o seu Governo e às demissões de ministros, que marcaram os últimos dias, e acaba de demitir-se.

Numa declaração à porta da residência oficial de Downing Street, em Londres, Liz Truss revelou, ao início da tarde, que já apresentou a sua demissão ao Rei Carlos III.

"Reconheço que, dada a situação, não posso cumprir o mandato para o qual fui eleita pelo Partido Conservador. Por conseguinte, falei com Sua Majestade o Rei para o notificar de que me demito como líder do Partido Conservador", disse.

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