Mundo

Cabul: ativistas inauguram biblioteca, um oásis para as mulheres afegãs

O regime talibã regressou o poder há um ano, assim como os velhos costumes: entre várias violações dos direitos humanos, as afegãs voltaram a estar privadas do acesso ao ensino.

Elisa Macedo

Ana Isabel Pinto

Um grupo de ativistas afegãs que lutam contra as restrições do regime talibã abriram uma biblioteca em Cabul, capital do Afeganistão. Este é um oásis para as mulheres e jovens afegãs, agora impedidas de frequentar a escola. Com a chegada ao poder há uma ano, os talibãs voltaram a impor regras que violam os direitos humanos, em especial os direitos das mulheres.

As mulheres só estão autorizadas a sair de casa com os maridos e de cara coberta. Nos centros urbanos, as ativistas recusam aceitar as restrições e lutam como podem contra o regime.

"Ao abrir esta biblioteca, queremos mostrar a resistência civil das mulheres contra grupos que são contra as mulheres, contra a presença das mulheres e contra as atividades a que as mulheres têm direito, visto que fecham as escolas e colocam restrições às estudantes. Estão a ignorar uma geração, mas deveriam saber que as mulhres afegãs agora têm formação e são capazes de decidir sobre o seu papel na sociedade", explica Laila Baseem, uma das fundadoras da biblioteca.

O novo espaço tem disponíveis mais de 1.000 títulos, incluindo romances, banda desenhada, livros sobre política e ciência. A maior parte foi doada à Crystal Bayat Foundation, organização de defesa dos direitos das mulheres no Afeganistão e que ajudou a fundar a biblioteca.

Regime talibã regressou ao poder há um ano, que futuro para o Afeganistão?

Últimas