Faz um ano que os talibã tomaram o poder no Afeganistão. Neste ano, a já enfraquecida economia do país afundou ainda mais, milhões de pessoas entraram em pobreza e as mulheres perderam o acesso à educação.
Aos 16 anos, Kerishma quer estudar para ser jornalista. Mas, desde que os talibã, regressaram ao poder no Afeganistão, o sonho ficou em suspenso. As raparigas ficaram proibidas de frequentar as escolas secundárias e as universidades.
Apesar dos desafios, Kerishma recusa-se a desistir e todos os dias, durante duas horas, frequenta um centro privado de educação para raparigas. São poucos os espaços deste género espalhados pelo país, que só podem abrir com a autorização do Ministério da Justiça.
A promessa de não afetarem a educação das raparigas é apenas uma das muitas que foi quebrada pelo regime radical. As mulheres deixaram também de poder exercer a maior parte dos empregos.
Gulestan foi obrigada a queimar a farda de agente de polícia. Agora, limpar casas é das poucas coisas que garante a sobrevivência da família.
Com a economia do país em colapso, as famílias vêm se com dificuldades em garantir comida em cima da mesa.
A liberdade de expressão foi outro dos direitos suprimidos no último ano. Ainda assim, há mulheres que saem à rua, desafiando o regime talibã. Mesmo sabendo que o ativismo, poderá ter um peso a pagar.