Os casos de encobrimento na Igreja Católica multiplicam-se em todo o mundo. Vários acabaram em demissões e pedidos de perdão, outros chegaram mesmo a ser condenados.
Em fevereiro de 2019, a Alemanha divulgou números escandalosos sobre suspeitas de abusos sexuais na Igreja: cerca de 1.700 padres envolvidos e mais de 3.500 casos.
Dois anos depois, Reinhard Marx pedia a demissão ao Vaticano. Sobre ele recaíam suspeitas de ter encoberto dezenas de crimes.
O cardeal Bernard Law, antigo arcebispo de Boston, desencadeou uma das piores crises do catolicismo nos EUA. Terá encoberto centenas de abusos, ao ter mantido em funções dezenas de padres suspeitos dos crimes.
Os mesmos escândalos surgiram em 2018 dentro do Vaticano. O Papa Francisco anunciava que o então número 3 tinha acabado de ser condenado por abuso sexual. O australiano George Pell, à época responsável pela pasta das finanças, tinha sido acusado de abusar de dois jovens, ainda na Austrália, na década de 90.
O juiz condenou Pell a seis anos de cadeia, mas um ano depois o Supremo Tribunal da Austrália anulou a sentença.