O ex-primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, morreu esta sexta-feira aos 67 anos, depois de ser baleado durante uma conferência de imprensa, em Nara, no Japão.
Por todo o mundo, começaram a surgir reações à morte do antigo líder japonês, incluindo Marcelo Rebelo de Sousa e o Governo português.
O Presidente da República português manifestou-se chocado com o falecimento de Shinzo Abe.
"O Presidente da República, chocado com o vil assassinato do antigo primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, apresenta ao Estado japonês as suas respeitosas condolências e repudia esta lamentável manifestação de violência", lê-se numa mensagem publicada no site da Presidência da República.
O primeiro-ministro manifestou "pesar e choque" pelo assassinato, lamentando a morte de um democrata e líder histórico de um "país amigo" de Portugal.
O Governo português condenou o ataque e afirmou que "não há lugar para a violência na política".
"Não há lugar para a violência na política. Portugal condena o ataque contra o antigo primeiro-ministro Shinzo Abe e reiteramos a nossa solidariedade a todos os amigos japoneses", referiu o ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, numa nota publicada na rede social Twitter.
O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, manifestou-se "profundamente triste com o assassinato hediondo".
"Profundamente triste com o assassinato hediondo de Shinzo Abe, um defensor da democracia e meu amigo e colega ao longo de muitos anos", escreveu no Twitter, numa publicação acompanhada de uma fotografia ao lado de Abe.
Líderes das três principais instituições da UE lamentam o assassínio
O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, denunciou o ataque cobarde contra Shinzo Abe, que considerou "um verdadeiro amigo e feroz defensor da ordem multilateral e dos valores democráticos".
Também no Twitter, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, descreveu Abe como "uma pessoa maravilhosa, um grande democrata e campeão da ordem mundial multilateral".
A presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, disse, também num tweet, estar "triste e chocada" com o acontecimento.
Europa, Ásia e Austrália condenam ataque
O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, declarou, numa mensagem divulgada na rede social Twitter, estar "incrivelmente triste por Shinzo Abe" e disse que "muitos se lembrarão da liderança mundial que mostrou em tempos difíceis".
Ao mesmo tempo, o chanceler alemão, Olaf Scholz, admitiu estar "atordoado e profundamente triste" com a notícia da morte de Shinzo Abe e sublinhou, também numa mensagem no Twitter, estar "ao lado do Japão nestes tempos difíceis".
Para o Presidente francês, Emmanuel Macron, "o Japão perdeu um grande primeiro-ministro", enquanto o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, condenou "o assassinato", lamentando a perda de um "líder visionário".
O primeiro-ministro italiano, Mário Draghi, "condenou fortemente" o ataque: "O Governo italiano expressa forte condenação ao ataque a Shinzo Abe". O ex-primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi disse "estar despedaçado".
A Rússia classificou o ataque como "um ato de terrorismo" e o Ministério dos Negócios Estrangeiros referiu esperar que "aqueles que planearam e cometeram o crime monstruoso sejam devidamente punidos". O Presidente Vladimir Putin lamentou a "perda irreparável".
Também o Presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol, enviou condolências à família do ex-primeiro-ministro japonês, e denunciou um "crime inaceitável".
O primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, que teve uma relação próxima com Abe quando este liderava o Governo japonês, foi um dos primeiros a expressar a sua tristeza pelo ataque ao seu "querido amigo".
"Estou profundamente triste pelo ataque ao meu querido amigo Shinzo Abe. Os nossos pensamentos e orações estão com ele, com a sua família e com o povo do Japão", disse o primeiro-ministro indiano.
Também o primeiro-ministro do Paquistão, Shehbaz Sharif, disse ter ficado "profundamente chocado ao ouvir a triste notícia", e o Presidente do Sri Lanka, Gotabaya Rajapaksa, expressou, no Twitter, "choque e tristeza" pelo ataque que resultou na morte de Abe.
No Bangladesh, o ministro dos Negócios Estrangeiros considerou o ataque como "infeliz e terrível" e na Austrália, o primeiro-ministro classificou as notícias vindas do Japão como "chocantes".
Ao mesmo tempo, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros do Irão condenava o que classificou como um "ato terrorista", acrescentando estar a seguir as notícias "de perto e com preocupação".
O ataque foi ainda condenado pelo primeiro-ministro de Singapura, tendo o primeiro-ministro descrito Abe como "um bom amigo", e pela Tailândia, onde o chefe de Governo se disse "muito chocado".
Na Malásia, o ministro dos Negócios Estrangeiros admitiu estar "triste e chocado", em Myanmar, o porta-voz da junta militar no poder garantiu que o país está "extremamente chocado e surpreso" e nas Filipinas, o representante dos Negócios Estrangeiros expressou "grande choque e consternação".