O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, foi esta sexta-feira vaiado à chegada da missa do Jubileu de Platina da rainha Isabel II.
Boris Johnson subiu a escadaria da Catedral de São Paulo acompanhado pela mulher, Carrie Symonds, e foi nesse momento que se ouviram alguns apupos.
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O desagrado deverá estar ligado à participação do primeiro-ministro britânico numa festa, na residência oficial numa fase mais crítica da pandemia.
O chamado “Partygate” ensombra o primeiro-ministro britânico há meses, devido às alegações de que Boris Johnson e assessores participaram em “festas” ilegais enquanto milhões de pessoas no país cumpriam as restrições rígidas para tentar evitar a propagação da covid-19 em 2020 e 2021.
A publicação do relatório sobre as alegadas “festas” em edifícios governamentais no Reino Unido, incluindo a residência do primeiro-ministro, quase seis meses após ter sido pedido, foi atrasada devido à investigação policial ao escândalo pela polícia britânica, que resultou em 126 multas a 83 pessoas.
O primeiro-ministro, a esposa, Carrie Johnson, e o ministro das Finanças, Rishi Sunak, foram punidos por terem participado numa festa de aniversário surpresa a Boris Johnson em junho de 2020, fazendo do líder conservador o primeiro chefe de Governo britânico culpado por desrespeitar a lei em funções.
O inquérito interno do Executivo foi entregue à funcionária pública superior Sue Gray, com responsabilidades relacionadas com a ética, por ter reputação de ser “íntegra e honrada” e de ter conduzido “investigações anteriores com rigor e vigor”, justificaram vários ministros.
O relatório abrangeu 16 “ajuntamentos” de assessores e membros do executivo em 2020 e 2021 em edifícios governamentais, a maioria em Downing Street, local da residência oficial e gabinete do primeiro-ministro.