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Memórias de um reinado que colecionou vários recordes

As centenas de visitas, os Presidentes, chefes de Estado, os escândalos, as festas, memórias do reinado da rainha mais famosa do mundo.

Ao longo do reinado, Isabel II colecionou todo o tipo de recordes. Conheceu 14 Presidentes dos Estados Unidos, mais de 100 países e em 35 houve, pelo menos, uma moeda com o rosto de Isabel II.

Discreta na forma como guiou o reinado ao longo de tantas décadas é uma qualidade não fazer política, dizem. Trabalhou com 14 chefes de governo britânicos, sendo a relação com Churchill a mais comentada e a que mais terá marcado o percurso da Rainha.

Talvez porque o título herdou muito jovem, demasiado jovem para quem não teve a preparação para o lugar que de forma carismática, mas ao mesmo tempo enigmática, continua a ocupar.

É coroada em direto na televisão em 1953, um ano após a morte do pai, o ano em que também inaugurou o iate Real Britannia que ao longo de 40 anos levou a rainha em mais de 700 visitas oficiais.

O Canadá visitou 22 vezes, na Europa destaca-se França com as 13 viagens de Isabel II que tem sido também uma recordista no que a receber visitas diz respeito. 112 foram de Estado e de chefes de estados das mais diferentes geografias, mas nos jardins de Buckingham já recebeu mais de um milhão e meio de pessoas nas 180 festas realizadas desde 1952.

Atravessou crises económicas, o pós-guerra e a Guerra Fria, o conflito com a Argentina pelas Malvinas e em 1992 passou a pagar impostos sobre os rendimentos, ano de muito má memória para a rainha que começou também ai a viver na vida familiar os mais diversos dramas dignos de novela.

O divórcio de Carlos e Diana, os escândalos da Irmã, do filho André, e em 1997 a morte da princesa do Povo são os momentos que também marcam a década de 90, onde a popularidade da família real britânica cai para só se restabelecer já no novo milenium, tão aparentemente distante das monarquias.

Em 2002 perde a mãe e a irmã e inicia uma nova fase do reinado dando oportunidades e destaque a novos membros da família real. É figura central da Commonwealth, uma organização de mais de 50 países na maioria, ex-colónias britânicas, onde a Rainha ainda conserva alguns títulos.

Apesar da passagem do tempo, não deixa os deveres públicos como nunca deixou de dizer ao público qual a sua visão para os momentos importantes da história do Reino Unido e a pandemia da covid-19 é um desses exemplos do que Isabel II considera ser o dever de Rainha.

Conhecida pelo título que no Reino Unido lhe caiu em sorte sem previsão é sem dúvida a rainha mais famosa do mundo e por isso, para nos referirmos a Isabel II bastaria e bastará dizer: a Rainha.

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