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Operação Descobrimento: mulher detida vai continuar em Portugal

As autoridades brasileiras não enviaram os documentos para o processo de extradição

A mulher que foi detida esta semana, em Lisboa, por suspeitas de pertencer a uma rede de tráfico de droga vai continuar sob custódia das autoridades portuguesas. Em tribunal, Nelma Kodama opôs-se, esta quinta-feira, ao pedido de extradição das autoridades brasileiras. A Justiça portuguesa adiou a decisão por falta do envio de documentos.

O tribunal deu 18 ao Brasil para enviar todo o processo em falta, incluindo a acusação que ainda nem chegou a Portugal. Só depois disso, os juízes desembargadores vão decidir se Nelma Kodama vai ou não ser extraditada. No Brasil, a mulher é suspeita de liderar uma das maiores redes criminosas de tráfico de droga.

Esta quinta-feira, a detida foi ouvida, durante uma hora, na Relação de Lisboa. A primeira denunciante do processo Lava Jato opôs-se ao pedido de extradição. Diz que primeiro quer conhecer as provas reunidas pela polícia federal brasileira.

A defesa diz que Nelma Kodama está a ser vítima de uma armadilha. No entanto, a SIC teve acesso a várias escutas telefónica e mensagens que mostram alegadas conversas comprometedoras sobre negócios de droga. A polícia federal brasileira considera que as mensagens trocadas por Whatsapp com o então namorado Rowles Magalhães são consideradas provas irrefutáveis do envolvimento no mundo do tráfico.

Nelma Kodama voltou para a prisão de Tires, onde permanece isolada das outras reclusas. Tem vigilância especial reforçada e apenas direito a duas horas de pátio por dia.

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