A Coreia do Norte decidiu escalar a tensão internacional, com o lançamento de um míssil de longo alcance em direção ao Mar do Japão, horas antes do arranque da cimeira da NATO sobre a guerra na Ucrânia.
Numa altura em que o mundo está de olhos posto no conflito na Ucrânia, a Coreia do Norte faz uma nova provocação contra a comunidade internacional, aumentando o clima de ameaça na península coreana.
O lançamento de um míssil que foi cair em águas japonesas, a 170 km da costa oeste do Japão, poderá tratar-se do novo míssil balístico intercontinental, com maior alcance e poder destrutivo.
O armamento proibido, que não se atrevia a disparar desde 2017, voou durante 71 minutos e caiu na zona económica exclusiva japonesa. Nem navios nem aviões foram atingidos.
Para o Ministério da Defesa do Japão, o disparo é “uma ameaça séria”, que afeta a segurança do país e do mundo.
Os Estados Unidos e a Coreia do Sul já condenaram o lançamento do míssil, afirmando que se trata de uma clara violação das resoluções do conselho de segurança das Nações Unidas. A atitude da Coreia do Norte significa um ponto final na moratória que o próprio líder norte-coreano tinha anunciado em 2018 – e que suspendeu ensaios nucleares e testes de mísseis de longo alcance durante 5 anos.
Como resposta imediata ao teste de Pyongyang, a Coreia do Sul conduziu vários testes de lançamento de múltiplos mísseis do solo, do mar e do ar.
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