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EUA sancionam entidades russas por apoio ao programa de mísseis da Coreia do Norte

As sanções bloqueiam o acesso a qualquer ativo nos EUA detidos pela Apollon, Zeel-M e RK Briz.

Os Estados Unidos vão aplicar sanções económicas contra duas pessoas e três entidades russas, acusadas de apoiarem o programa de desenvolvimento de mísseis norte-coreano, divulgou esta sexta-feira o Departamento de Tesouro norte-americano.

“A ação de hoje [sexta-feira] tem como alvo um grupo de indivíduos e empresas estrangeiras que estão a auxiliar o desenvolvimento contínuo das capacidades militares da Coreia do Norte”, referiu o Departamento do Tesouro dos EUA, em comunicado.

As sanções bloqueiam o acesso a qualquer ativo nos EUA detidos pela Apollon, Zeel-M e RK Briz.

Também o diretor da Apollon, Aleksandr Andreyevich Gayevoy, e o diretor da Zeel-M, Aleksandr Aleksandrovich Chasovnikov, que também controla a RK Briz, são alvo de sanções.

O Tesouro norte-americano realçou também que “grande parte da atividade também viola as proibições da ONU para a Coreia do Norte”.

Pyongyang tem realizado vários lançamentos de mísseis desde o início do ano, garantindo que estes são testes para desenvolvimento de satélites.

Mas os Estados Unidos acusaram na quinta-feira a Coreia do Norte de testar “elementos de um novo sistema” de mísseis balísticos intercontinentais em lançamentos ocorridos em 26 de fevereiro e 4 de março.

Segundo noticia a agência Associated Press (AP), o teste de mísseis balísticos intercontinentais é um sinal de que a Coreia do Norte poderá disparar em breve esta arma para colocar um satélite espião em órbita, naquela que seria a provocação mais significativa nos últimos anos.

A Coreia do Norte “continua a disparar mísseis balísticos em flagrante violação do direito internacional, o que representa uma grave ameaça à segurança global”, sublinhou o subsecretário do Tesouro dos EUA para o Terrorismo e Inteligência Financeira, Brian Nelson, citado na nota de imprensa.

Para Brian Nelson, as sanções “respondem a essa ameaça” e visam “uma rede de indivíduos e entidades com sede na Rússia cúmplices na ajuda à Coreia do Norte para adquirir componentes para os seus sistemas ilegais de mísseis balísticos”.

No início da semana, norte-americanos e parceiros não conseguiram que o Conselho de Segurança da ONU adotasse um texto contra a Coreia do Norte, que foi travado pela Rússia e China.

Apesar das duras sanções internacionais devido aos testes de mísseis balísticos nucleares e intercontinentais, Pyongyang continua a rejeitar as ofertas para um diálogo, desde o colapso, em 2019, das negociações entre o líder Kim Jong Un e o então Presidente dos EUA, Donald Trump.

A Coreia do Norte tem intensificado a modernização das suas Forças Armadas e alertou, em janeiro, que poderia suspender uma determinação autoimposta sobre testes de mísseis de longo alcance e armas nucleares.

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