Na Ucrânia, o receio de uma invasão russa é muito evidente. Há civis a receber treino militar das forças especiais que ensinam adultos e crianças a usar armas de guerra. Esta situação acontece, por exemplo, na região de Mariupol, no sul da Ucrânia e muito perto da fronteira com a Rússia.
A Presidência ucraniana lembrou esta segunda-feira que o caminho euro-atlântico para que a Ucrânia se torne membro da NATO está consagrado na Constituição do país e é “uma prioridade incondicional”, após declarações controversas do embaixador ucraniano no Reino Unido.
TENSÃO AUMENTA COM MILITARES NA FRONTEIRA
A tensão entre Kiev e Moscovo aumentou desde novembro passado, depois de a Rússia ter estacionado mais de 100.000 soldados perto da fronteira ucraniana, o que fez disparar alarmes na Ucrânia e no Ocidente, que denunciou os preparativos para uma invasão daquela ex-república soviética.
Em dezembro, a Rússia exigiu garantias de segurança por parte dos Estados Unidos e da NATO para impedir que a Aliança Atlântica se expandisse mais para o leste e estacionasse armas ofensivas perto de suas fronteiras.
Moscovo escreveu recentemente uma carta a todos os países membros da NATO e da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) pedindo-lhes que se posicionassem sobre o que entendem por segurança indivisível na Europa.
Apesar dos esforços diplomáticos, a diminuição da escalada militar e da tensão não foi alcançada até agora.
A Rússia alega que tem o direito soberano de estacionar tropas em qualquer lugar de seu território e, por sua vez, denuncia o fornecimento massivo de armas à Ucrânia pelo Ocidente.