Mundo

Myanmar. China a "acompanhar de perto" após dia mais sangrento

A China pediu aos seus cidadãos no país que tenham cautela.

STRINGER

Lusa

A China disse esta segunda-feira que está a "acompanhar de perto a situação" no Myanmar (antiga Birmânia), e pediu aos seus cidadãos no país que tenham cautela, após o ataque a fábricas de empresas propriedade de chineses.

"A China espera que o Myanmar tome medidas práticas para garantir a segurança dos cidadãos chineses", disse o porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros da China Zhao Lijian, em conferência de imprensa.

Zhao apelou aos cidadãos chineses no Myanmar que "permaneçam em guarda".

Domingo foi o dia mais sangrento

O diário digital Myanmar Now refere-se a 59 mortos e 129 feridos em Rangum, vítimas das forças policiais e militares durante os protestos de domingo, o dia mais sangrento após a tomada do poder pelo Exército.

Em Rangum, a capital económica do país, várias fábricas de propriedade de chineses foram, no domingo, "destruídas, saqueadas e incendiadas", revelou a embaixada chinesa, acrescentando que alguns cidadãos chineses ficaram feridos.

"A China espera que o Myanmar tome medidas concretas para garantir a segurança dos chineses", disse o porta-voz.

Questionado sobre a possibilidade de a China retirar os seus cidadãos do país, o porta-voz afirmou que Pequim "está a monitorar de perto a situação" e está "muito preocupada" com a segurança dos chineses no país.

Zhao também exortou as autoridades do Myanmar a "levar os autores [dos ataques] à justiça".

A China é um dos principais parceiros comerciais do Myanmar. Os investimentos chineses naquele país asiático criaram cerca de 400.000 empregos, segundo Pequim.

Últimas