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Auschwitz: a memória de quem nasceu no "campo da morte"

Assinalam-se hoje os 75 anos da libertação dos campos de concentração de Auschwitz e Birkenau na Polónia.

Liliana Carvalho

Tiago Martins

Auschwitz é hoje um imenso vazio onde o silêncio impera e as memórias guardam o peso da "marcha para a morte".

Pelas portas cuja letreiro ainda hoje dita que "o trabalho liberta" entraram mais de um milhão e 300 mil pessoas. O destino de quase todas estava traçado à partida: a câmara de gás ou a parede de fusilamento. Mais de um milhão foram mortas.

Uma das histórias de sobrevivência é a de Jadwiga Wakulska, polaca, hoje com 75 anos. Conta que a mãe estava grávida quando foi levada para Auschwitz em setembro de 1944.

Com quatro meses de vida, ao colo da mãe, estavam ambas na fila para a câmara de gás, quando um alemão a salvou, apenas por ser loira e ter olhos azuis.

A 27 de janeiro de 1945, as tropas soviéticas abriram os portões de um dos mais mortíferos campos de extermínio da história. 7 mil e 500 prisionieros deram graças pela chegada dos aliados que lhes deram a esperança de uma nova liberdade.

Hoje o campo de concentração é um museu e acima de tudo um memorial, por onde passam todos os anos mais de 2 milhões de visitantes.

75 anos depois da libertação, foram muitos os que esta segunda feira carregaram coroas de flores, não só para não deixar esquecer as atrocidades de um passado negro, mas, sobretudo, para deixar claro que é preciso evitar que se voltem a repetir.

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