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Embaixador confirma pressões de Trump sobre Governo ucraniano

Giuliani "enfatizou que o Presidente queria uma declaração pública do Presidente ucraniano, Zelenskiy, sobre a luta contra a corrupção".

Carlos Jasso

O embaixador dos Estados Unidos na União Europeia, Gordon Sondland, confirmou esta quinta-feira no Congresso que o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, queria que o Governo da Ucrânia investigasse o filho do seu rival e antigo vice-Presidente Joe Biden.

De acordo com Sondland, que compareceu no Congresso no âmbito do inquérito para a destituição do Presidente norte-americano, Donald Trump "ordenou" aos diplomatas ucranianos para conversarem com o seu advogado pessoal Rudolph Giuliani, de forma a agilizar uma investigação criminal às atividades de Hunter Biden, filho de Joe Biden, com uma empresa da Ucrânia, Burisma, envolvida num processo de corrupção.

De acordo com o embaixador dos Estados Unidos junto da União Europeia, nas conversas com os diplomatas ucranianos que entretanto aconteceram, Giuliani "enfatizou que o Presidente queria uma declaração pública do Presidente ucraniano, (Volodymyr) Zelenskiy, sobre a luta contra a corrupção".

Gordon Sondland disse na comissão de inquérito que o advogado pessoal de Trump "mencionou especificamente" a empresa ucraniana de gás Burisma, que contratou Hunter Biden, "como um objeto importante de investigação para o Presidente (norte-americano)".

Donald Trump está a ser alvo de um inquérito de destituição na Câmara de Representantes, por abuso de poder no exercício do cargo, ao pressionar o Presidente ucraniano para investigar as atividades do filho do seu adversário político, Joe Biden, junto da Burisma, durante um telefonema em julho passado.

O embaixador norte-americano junto da União Europeia foi um dos interlocutores no processo de pressão política, intermediando as instruções de Trump, através do seu advogado Rudolph Giuliani, com o Governo da Ucrânia.

Lusa

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