A Coreia do Norte registou, no ano passado, as piores colheitas dos últimos dez anos, resultado de uma produção prejudicada por desastres naturais, falta de terra arável e métodos agrícolas ineficientes, apontou hoje a ONU.
Sob pesadas sanções da comunidade internacional, devido aos programas nucleares e de mísseis de Pyongyang, o país sofre há anos uma grave escassez de alimentos. Quase 11 milhões de pessoas precisam de ajuda humanitária.
De acordo com o relatório “Necessidade e Prioridades", elaborado por agências da ONU, as colheitas do ano passado somaram 4,95 milhões de toneladas, o que representa uma queda de 500 mil toneladas.
“É a menor produção em mais de uma década", afirmou o coordenador-residente da ONU no país, Tapan Mishra, salientando que a queda “resultou num grande défice de alimentos”.
Como resultado, 10,9 milhões de pessoas, ou 43% da população total da Coreia do Norte, necessitam de assistência humanitária, mais 600.000 do que no ano passado.
No entanto e apesar do aumento do risco de subnutrição e doença, a ONU teve que reduzir a meta de seis para 3,8 milhões de pessoas para ajudar. Além disso, o financiamento é muito inferior ao que seria necessário.
Por ser um país essencialmente montanhoso, apenas 20% da terra é adequada para cultivo.
Lusa